Há uns meses atrás fui convidado pelo Observador para a rúbrica feita em parceria com a farmacêutica Jansee “E se em 2020“, em que se convida alguém para falar da vida e obra de uma personalidade famosa que morreu infectada com HIV com a mesma profissão.
Foi na qualidade de escritor de ficção científica que tive o prazer de recordar Isaac Asimov . Podem ler o artigo AQUI e ver o vídeo acima.
Isaac Asimov contraiu HIV numa transferência sanguínea durante uma cirurgia. Devido ao estigma, a família escolheu encobrir a causa da morte, só se sabendo mais tarde.
Estávamos no início da epidemia, pouco ainda se sabia do vírus e os primeiros medicamentos ainda eram largamente ineficazes. Parte da sociedade americana (e não só) via a doença como um “muito bem feita!” que castigava os imorais.
Isaac Asimov contraiu o vírus já no final da sua vida, mas quantas outras tantas vidas, ainda no seu início, nós perdemos por causa da SIDA? Que percursos fariam esses talentos? E se…E se…
Curiosamente, é este o ponto de partida da ficção científica.
E foi a ficção científica um dos primeiros géneros a tratar o tema da SIDA, como O Império do Medo, de Brian Stableford, ou a noveleta Tale of Plagues and Carnivals, de Samuel R. Delany, duas abordagens muito diferentes que vos convido a explorar.